Nem sempre a maternidade é o que a gente imaginou.
Aliás, na maior parte do tempo… ela é tudo, menos o que a gente idealizou.

Porque junto com o amor mais profundo que já sentimos, também vêm sentimentos que a gente não sabe bem onde guardar.
Vem a exaustão. A irritação. A vontade de fugir.
O silêncio que pesa. A saudade de si mesma.

Sim, você pode amar seu filho e, ainda assim, desejar uma hora só para você.
Pode se sentir inteira num momento e, no instante seguinte, completamente esvaziada.
Pode agradecer por ser mãe e, ao mesmo tempo, sentir raiva do que a maternidade tirou de você.

E nada disso diminui o amor.


A verdade é que ninguém conta pra gente sobre a ambivalência.
Essa mistura confusa de emoções que parecem se contradizer, mas que coexistem dentro de nós, o tempo todo.

Você já deve ter se pegado pensando:
“Como posso amar tanto e, ao mesmo tempo, me sentir tão sufocada?”
“Será que tem algo errado comigo?”
“Por que ninguém fala sobre isso?”

A resposta é simples e dura ao mesmo tempo: porque fomos ensinadas a silenciar.
A sermos gratas. A sorrir mesmo cansadas. A dar conta de tudo — sem nunca nos perder.

Mas a realidade é que muitas de nós estamos cansadas de fingir.


E é nesse ponto que mora a culpa.
A culpa por não estar sempre disponível.
Por não se sentir realizada o tempo todo.
Por não amar a maternidade em todos os seus detalhes.

Mas e se eu te disser que sentir tudo isso é absolutamente humano?
Que sentir amor e raiva, carinho e cansaço, doação e vontade de sumir… é parte do processo?
E que acolher essas emoções não te torna uma mãe pior — pelo contrário, te torna mais consciente, mais honesta, mais inteira?

A maternidade é um território de paradoxos.
E atravessá-la exige coragem — não para ser perfeita, mas para ser real.


Se você se viu em algum pedaço desse texto, respira fundo.
Você não está sozinha.
Você não está errada por sentir o que sente.
Você só está tentando se reconhecer no meio de tudo isso.

E esse reconhecimento é possível.
Existe um lugar onde você pode ser escutada com verdade, sem julgamentos, onde cada ambivalência pode ser acolhida como parte legítima da sua história.

Se você sente que está pronta para começar esse processo de reencontro consigo mesma, eu estou aqui.
Te recebo com escuta, acolhimento e presença.
Juntas, podemos iniciar o caminho para que você volte a se sentir inteira.

No seu tempo, do seu jeito.


Um abraço, 

Katherine Sorroche